A UFOLOGIA E SEU PAPEL TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE
Aruana de Minas |
Prezados guerreiros da causa ufológica, uma das coisas que eu mais gosto dentro da Ufologia é o choque cultural que ela causa nas pessoas, pois só a ideia de vida fora da Terra já deixa muitos pensativos e incomodados, além de que a comunidade ufológica é um nicho muito pequeno e até desconhecido para a maioria das população, então o choque é natural e inevitável, muitas vezes violento, mas sempre bonito de se ver, pois a transformação da sociedade é sempre brutal, mas também necessária para o crescimento cultural e pessoal da população.
O recente congresso ufológico de Uruana em Minas Gerais é um bom exemplo disso. A pequena cidade mineira com cerca de 3 mil moradores se viu no olho do furação ufológico após diversos relatos e avistamentos de OVNIs que chamaram a atenção de grandes figuras da Ufologia Brasileira, o que levou a iniciativa de fazer um Congresso voltado ao assunto na cidade. Apesar da prefeitura ter se empolgado com a chegada de centenas de turistas e a oportunidade de aquecer a economia da região, nem tudo foram flores e nem todo mundo ficou feliz com a invasão de centenas de entusiastas da ufologia, mexendo com o cotidiano e as crenças estabelecidas da população. Em 1994 em Baturité no estado do Ceará, um caso ufológico abalou a população local, aparições misteriosas no céu que, os mais religiosos, falavam se tratar de aparições marianas levou não centenas, mas milhares de pessoas para a região a fim de testemunhar o fenômeno.
Na época o Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU) comandado pelo saudoso Reginaldo de Athayde era muito atuante no Nordeste e fez uma cobertura completa do caso com pesquisa in loco. Ter um grupo de ufólogos numa cidade pequena do interior despertou a curiosidade e também a desconfiança das pessoas. Athayde conta em seu livro “Ets: Santos e Demônios na Terra do Sol” que ele e seu grupo de pesquisadores foram agredidos verbalmente pelo padre da cidade e que um restaurante chegou a negar atendimento a eles, causando uma contenda na ocasião.
No caso de Uruana não sabemos se algum pesquisador chegou a sofrer alguma violência, mas assim como em Baturité, as autoridades religiosas não ficaram muito felizes em ver pesquisadores de óvnis por aí, o que não chega a surpreender, já que o dogma religioso é um dos principais entraves para um reconhecimento social legítimo da pesquisa sobre o Fenômeno UFO.
Essa matéria do Diário do Litoral foi muito pertinente ao tratar desse assunto, trago aqui pra vocês lerem e se admirarem com a forma grandiosa com que a ufologia impacta a vida das pessoas.
O certo é que a ufologia dividiu a opinião dos moradores de Uruana de Minas / Márcio Ribeiro/Diário do Litoral |
Ufologia divide opinião dos moradores e deixa pastor pistola em cidade mineira. A agitação e o público presente foram notados pelos moradores, acostumados com uma vida pacata de interior
MÁRCIO RIBEIRO, DE URUANA DE MINAS PARA O DIÁRIO
Publicado em 05/06/2025 às 18:28
Atualizado em 05/06/2025 às 19:47
O primeiro evento ufológico de Uruana de Minas aconteceu entre os dias 30 de maio e 01 de junho e movimentou a pequena cidade mineira, distante 635 km da capital e com pouco mais de 3 mil habitantes (IBGE 2022). A agitação e o público presente foram notados pelos moradores, acostumados com uma vida pacata de interior. Dotados de uma simpatia especial e muito receptivos, a expressão tensa aparecia em algumas pessoas quando perguntadas a respeito do evento ufológico que acontecia no município. A fragrância natural da sinceridade que era percebida nos moradores sumia e, em alguns casos, era substituída por um medo velado. O certo é que a ufologia dividiu a opinião dos moradores de Uruana de Minas.
Os Anônimos
Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando um pastor evangélico ameaçando os fiéis. As imagens mostram que quem participasse do evento ufológico seria proibido de frequentar a sua igreja, alegando que o evento em questão era coisa do demônio. O vídeo não será mostrado para não ferir suscetibilidades.
A reportagem procurou um outro pastor evangélico logo após um culto e a recepção foi educada, porém com bastante desconfiança. Ele falou que não acredita na ufologia e acha que isso tudo é invenção.
“Eu não acredito nessas luzes e se forem de verdade, podem ser anjos ou alguma manifestação divina. O problema é que a Uruana de Minas é tranquila e esse evento faz muito barulho para cá e nós não gostamos disso. Nós gostamos de orar e para isso precisamos de silêncio”, disse, pedindo anonimato.
Outra pessoa, jovem, disse que tem medo daqueles que foram morar lá e acredita que tem algum outro interesse por trás de toda essa história de ufologia. Ela, que nunca viu nada de estranho no céu, fez críticas:
“Imagina só, um município pequeno, que todo mundo se conhece e aí chegam pessoas de fora, compram um monte de casa e não falam nada para ninguém e nem explicam nada para o povo. Eu tenho medo deles e acredito que eles estão interessados em alguma coisa por aqui, além da ufologia. Você é o único que veio falar conosco para tentar nos ouvir, conversar sem tentar nos empurrar nada goela abaixo, por que eles mesmo não estão nem aí para a gente”, disse.
Quanto a esses que não quiserem se identificar, um outro profissional explicou que o medo dele é de perder clientes e deu como exemplo uma disputa política:
“Eu não quero me misturar neste trem aí não, sô! É que nem Lula e Bolsonaro, se você fala para um lado o outro fica bravo e eu posso perder meus clientes, então eu não digo que vi e nem que não vi”.
Os que viram
Ronei Kauan Alves Moreira é jardineiro e disse que já viu muitas luzes no céu e que não tem ideia do que eram elas. Ele gosta do movimento que a ufologia está levando para lá:
“O pessoal que está aqui está no lugar certo, pode ter total certeza, por que aqui é a terra deles, o portal onde eles vêm, vão e posam. Eu já vi muitas luzes no céu. Acho que eles vieram querer um novo recomeço para a humanidade, mas eu não sei explicar muito não. Na minha humilde opinião, eu acho que se fosse para fazer algum tipo de mal já teriam feito, né? Acho que mais mal que o governo eles não vão fazer não! ”
O autônomo, Gélson Aguiar, que vive na cidade desde os anos 80, disse que já viu luzes no céu da cidade, mas que não sabe o que é. Disse que gostou do evento e de saber que as pessoas estão chegando para tirar dúvidas e entender o que está acontecendo:
“A meu ver, esse pessoal que veio não atrapalha em nada. Está tendo mais desenvolvimento, muita gente ajudando e trazendo benefícios que nós precisamos.”
Samara Barbosa trabalha como repositora. Ela disse que viu várias luzes na cidade e que foi tudo muito incrível. Falou também que sempre acreditou nesse tipo de assunto e que ama astronomia, astrologia e tudo que vem do céu.
“Outro dia eu estava no portal com quatro amigos. Eu olhei para o céu e apareceram várias luzinhas, uma atrás da outra, uma sequente da outra. E aí elas passavam assim e sumiam lá na frente. Todo mundo viu e ficou impressionado com aquilo”.
Ela acha que o que viu são seres e falou do movimento que a ufologia levou:
“Eu acho sensacional. Modificou muito. Traz cultura, conhecimento e é bom, principalmente para a economia. É muito legal e perfeito.”
Os que não viram
Breno Alves Faria Silva, CLT, disse que nunca viu nada no céu, mas está gostando da movimentação que o tema está promovendo:
“Uruana mudou, pois, a ufologia ficou mais conhecida aqui dentro e a localidade também ficou bastante famosa. Deu uma alterada boa, veio bastante gente animada, mas ver luz no céu eu nunca vi nada não”
Nayane Teixeira de Almeida é moradora, mas nunca viu algo de diferente nos céus:
“Teve um dia que eu fui com umas pessoas que veem esses avistamentos, mas na minha opinião não é uma nave espacial. Eu vi as luzes que aparecem, que bate muito até com o horário que o satélite fica visível para a gente, né? Se pesquisar os horários do satélite, bate com o horário que eles falam que o portal abre”.
Quanto ao movimento, ela disse:
“Isso é ótimo e eu gosto. A cidade modificou, deu uma mudada. É sempre bom receber gente de fora, por que cresce a economia do município”, finalizou.
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